quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Madrugada.

Despedir-se da madrugada enquanto todos ainda dormem. Ofuscar-se diante a luz do sol que vai surgindo minuto após minuto até que aquela escuridão que tomava conta de seu interior, se modifique e o faça sentir falta das primeiras horas novamente. O sono é algo que não existe mais e, nem boas xícaras de café seriam causa pra tanta estima.
Eu adoro a madrugada. Tão fria, quase irreal. Todos deveriam ama-la, aliás. Conseguem sentir a essência de seus rastros? O cheiro que se espalha pelo ar anunciando sua chegada? É fácil. Me sinto sozinha e feliz, mas apenas nessa hora. A madrugada engana, acreditariam se eu dissesse?
Há coisas que a gente apenas aceita, não há modos de entender. Particularmente, não sou boa em aceitar as coisas, mas enquanto todos dormem, minha mente viaja longe, carrega toda a angústia consigo e esquece de guardar segredos. Não lembra sua origem, e principalmente, esquece de raciocinar. Na madrugada, minha mente é retardada. E a vida? A vida é mais tranquila.

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