Hoje, ao chegar em casa mais cedo que de costume, tirei meu uniforme e coloquei meu pijama da minnie, depois deitei em meu sofá e comecei a pensar. Reparei que gosto do meu sofá, ele é grande, macio, e embora a cor vermelha o deixe um pouco vulgar, não o faz menos aconchegante. Ali, já acomodada, tive preguiça de levantar, mesmo tendo apenas a intenção de dar 5 míseros passos a fim de alcançar um livro. Após derrotar essa preguiça e finalmente ler, mal percebi quando o sono chegou e me tirou da realidade. Sonhei a tarde inteira, tive novas esperanças, novas ideias. Imaginei meu ''futuro previsível'' (expressão que vi no último livro que li e não ia sossegar até usa-la de algum jeito, haha) que representa no máximo semanas, e que me pareceu bem agradável embora não tenha muitos planos para ele. Pude rever alguns conceitos próprios, enxergar o meu erro e decidir o caminho de várias coisas. Consegui também entender a persistência daquela tristeza infinita. O mais incrível é que, fiz tudo isso sem sair da minha casa, mais diretamente, sem sair do meu sofá.
Acordei, ainda morrendo de sono, porém, com um sorriso no rosto e um brilho diferente no olhar. Infelizmente até minha mãe percebeu e foi difícil convence-la de que nada de especial havia acontecido, apenas me sentia bem. Sentir-se assim é bom, renovou meus ares já abafados com o tempo, assim como a desgastada tranquilidade. Poderia ter saído hoje, ter me divertido, estar rindo até agora, mas escolhi ficar em casa e pela primeira vez não me arrependo disso. Nas últimas semanas ficar em casa tem significado ficar triste, lembrar de coisas que não me fazem bem e relembrar as lágrimas já derramadas, não com a mesma tristeza, mas com a mesma sensação de engano. Mas hoje tive essa surpresa e me sinto orgulhosa por isso.
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